Projeto Escola de Família
O programa ESCOLA DE FAMILIAS oferece às famílias com processos no judiciário, a oportunidade de refletir, através de informações e vivências, sobre a importância das relações familiares na construção da vida emocional e social do indivíduo. O Programa atende às famílias com as seguintes características:
- Famílias com processos nas varas da Infância e Juventude, Família e JECRINS, que apresentam dificuldades em relação à educação, proteção e orientação dos filhos;
- Famílias em conflito em razão de disputas relativas à guarda, visitação e sustento dos filhos;
- Famílias que têm seus filhos em situação de risco pessoal ou social, por estarem elas próprias nesta situação.
Este programa surge como resposta ao art. 129, incisos I e IV, do ECA que diz: “São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:
§ I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de promoção à família;
§ IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação.
A Lei 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente - autoriza esta intervenção, não apenas pelo Juiz da Infância e Juventude, mas por todos aqueles que, por sua competência, são levados a apreciar processos envolvendo famílias e sua prole.
A ESCOLA DE FAMILIA surge ainda, pela necessidade identificada, de se criar espaços seguros e confiáveis, onde os pais, que vivam dificuldades em seus relacionamentos familiares, além de dificuldades cotidianas em função de carências sociais, tenham oportunidade de trazer para discussão, informação e troca, suas dúvidas, seus temores e esperanças, possibilitando assim a ampliação da consciência de que é nessas relações primárias fundamentais que construímos nossos valores e pautamos nossas condutas.
Acreditamos que problemas e sofrimentos, quando tratados como oportunidade de reflexão e transformação, se tornam elementos de resgate de nossa humanidade, permitindo nossa mútua aproximação, tão necessária para desmistificar a ideia vigente de que somos seres isolados e que nossas ações, sentimentos e pensamentos são movimentos solitários e que não têm repercussão sobre os demais. Essa ideia, difundida de forma poderosa, faz com que as famílias percam de vista que as conexões e inter-relações que elas estabelecem entre si e com sua rede de pertinência são de fundamental importância na construção das individualidades de seus membros e, portanto, uma das principais definidoras de sua forma de sentir e de se comportar.
